O Aruanã Instituto Pan-Amazônico tem a satisfação de anunciar sua adesão confirmada à Comissão Política da Cúpula dos Povos Rumo à COP 30. Nossa participação neste importante processo fortalece a inserção de nossa perspectiva no diálogo sobre o futuro da Pan-Amazônia e os desafios climáticos globais.

A Cúpula dos Povos, com sua história desde 1992, constitui um espaço plural para a articulação de vozes diversas no contexto das discussões climáticas. Este fórum reúne comunidades indígenas, tradicionais e periféricas, oferecendo uma plataforma para que suas experiências e propostas, frequentemente à margem de outras esferas de debate, sejam consideradas.

Em contraste com as negociações formais das COPs, a Cúpula dos Povos aborda a questão climática a partir de uma perspectiva que integra dimensões sociais, direitos e territorialidades. Este ambiente propicia a construção de análises e soluções que buscam um equilíbrio entre a justiça social e ambiental.

A adesão do Aruanã à Comissão Política reflete nosso compromisso com a promoção de uma transição justa e inclusiva. Desde agosto de 2023, a Cúpula tem desenvolvido proposições coletivas que consideram as realidades e o conhecimento de comunidades que, por vezes, são sub-representadas em processos decisórios.

A realização da Cúpula em Belém ressalta o papel da Amazônia não apenas como um bioma de importância global, mas também como um polo de conhecimento e inovação em resiliência climática. Neste contexto, valorizam-se as práticas tradicionais e as contribuições dos povos que habitam a floresta, reconhecendo o valor de cada ideia e experiência para a construção de um futuro equitativo.

A Cúpula de 2024 congregará uma diversidade de atores, incluindo movimentos de mulheres, povos indígenas, quilombolas, jovens e comunidades de distintas origens. O objetivo é formular uma agenda que reconheça a profunda interconexão entre as questões climáticas e os direitos territoriais.

As Contribuições do Aruanã na Cúpula dos Povos:

O Aruanã Instituto Pan-Amazônico contribuirá para as discussões que abordam:

• A busca por justiça climática global, visando o reconhecimento de responsabilidades e a implementação de soluções equitativas.

• A proteção dos direitos humanos no contexto das mudanças climáticas, assegurando que as estratégias de adaptação e mitigação respeitem e promovam tais direitos.

• A promoção de uma transição energética que considere a vulnerabilidade social, buscando modelos que não penalizem as populações mais expostas e que garantam acesso equitativo à energia.

• O fomento à agroecologia como alternativa viável para a produção sustentável de alimentos, a conservação ambiental e o fortalecimento da autonomia comunitária.

  
  

Reconhecemos a urgência na busca por soluções eficazes. Nossa participação na Cúpula dos Povos visa contribuir para que as decisões climáticas incorporem uma ampla gama de perspectivas, engajando diversos setores da sociedade na construção de um futuro sustentável.

Para mais informações sobre a Cúpula dos Povos Rumo à COP 30, acesse o site oficial: https://cupuladospovoscop30.org/ e acompanhe as redes sociais: @cupuladospovoscop30.